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Procura por cirurgias plásticas cresce no outono

By 7 de abril de 2015Nenhum comentário

Fonte: Jornal do Brasil

 

Com a chegada do outono, aumenta a procura por cirurgias plásticas, principalmente pela lipoaspiração, vista por um grande número de mulheres como a solução de seus problemas. Os preços mais acessíveis e o aumento de médicos especialistas na área impulsionam essa procura, levando o setor a movimentar mais de R$ 2 bilhões por ano, segundo pesquisas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que aponta a lipoaspiração como a cirurgia plástica mais comum no Brasil, sendo que são realizadas cerca de 300 mil operações todos os anos. Mas, como em qualquer outro procedimento cirúrgico, é necessário observar uma série de informações antes de decidir submeter-se ao procedimento.
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Segundo o cirurgião plástico Adilson Laxe Júnior, do Rio de Janeiro, a bateria de exames de sangue e o exame cardiológico, chamado risco cirúrgico, visam detectar alguma alteração na saúde do paciente. ”Lembre-se que para fazer uma cirurgia plástica estética o ideal é que você esteja em perfeitas condições de saúde. É preciso informar ao médico os medicamentos que você faz uso e evitar todo e qualquer medicamento para emagrecer antes de fazer a cirurgia, pois eles podem interferir nos resultados”, explica Adilson Júnior.

O cirurgião afirma que o profissional escolhido deve ser indicado por pessoas de confiança, ver a procedência. ”Certifique-se que seu cirurgião possui uma especialização em cirurgia plástica e que pode participar dos congressos nos quais são feitas as atualizações”, complementa, lembrando que a lipoaspiração deve ser realizada em um centro cirúrgico de um ambiente hospitalar vistoriado pela vigilância sanitária, onde são tomados cuidados de esterilização e existem aparelhos que podem atender o paciente durante as cirurgias e no caso de uma emergência. ”E mesmo quando a cirurgia for realizada com anestesia local, exija a presença de um médico anestesista, pois é esse profissional que vai monitorar os dados vitais (pressão arterial, batimento cardíaco, oxigenação do sangue) proporcionando ao cirurgião tranquilidade para se concentrar apenas no ato cirúrgico”, orienta o médico, afirmando que se realizada nessas condições, dificilmente a lipoaspiração terá complicações graves.

Lipoaspiração, lipoescultura. Qual a diferença?           

A lipoaspiração é indicada para pacientes com gordura localizada, ou seja, pacientes que estejam com peso ideal ou próximo dele e que tenham acúmulo de gordura em determinadas regiões como abdômen, flancos, pernas, braços, dorso e face. ”É importante notar que a lipoaspiração não é realizada no intuito de perder peso, e a retirada de grandes volumes pode determinar riscos tanto no ato operatório quanto no pós-operatório”, explica Adilson Laxe Júnior.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica sugere que a quantia retirada não ultrapasse 5 a 7% do peso corporal total do paciente. Atualmente, a tecnologia permite ao cirurgião realizar a lipoaspiração com cânulas mais finas e com menor esforço físico, resultando em uma cirurgia com menor trauma e em uma recuperação mais rápida.

A lipoescultura, por sua vez, recoloca essa gordura em outra parte do corpo e o grau da absorção desse tecido depende da técnica, da região do corpo e do organismo do paciente. Em uma lipoescultura de face, por exemplo, não é possível afirmar que os dois lados terão absorção idêntica da gordura aplicada.

Cuidados exigidos no pós-operatório

Depois da lipoaspiração, o paciente deve ter o acompanhamento de especialistas ou fisioterapeutas para ajudar na remoção dos edemas e do inchaço; Adilson explica que o pós-operatório é importante para que o procedimento tenha sucesso. ”O objetivo é diminuir edemas e hematomas, eliminar toxinas, melhorando a oxigenação do tecido cutâneo e a sensibilidade, acelerando a cicatrização dos tecidos”, enfatiza.

Em alguns casos, a busca incessante pela forma perfeita pode estar acompanhada de uma doença: o dismorfismo corporal. Isso acontece quando o paciente acredita que tem um problema muito maior do que realmente tem.“Uma pequena gordurinha no abdome pra ele pode representar uma obesidade. Então ele vem ao cirurgião plástico e a queixa é desproporcional ao que na realidade ele tem”, explica o especialista, reiterando que é o médico que precisa estabelecer limites, inclusive nas pessoas que querem fazer plásticas sucessivas. “É comum fazer uma lipo e depois querer colocar próteses nas mamas. No campo da cirurgia plástica tudo com equilíbrio e segurança é permitido, doença, os exageros, devem  ser tratados por um psiquiatra ou psicólogo”.

Mexer na estética do corpo é benéfico para a autoestima, assim como  ter hábitos saudáveis ajuda a otimizar os resultados. “Alimentação equilibrada e  atividades físicas após a recuperação, são itens imprescindíveis para que o corpo e a mente estejam em harmonia”, finaliza o cirurgião.

Crédito da foto: Mia Martins via Compfight cc