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julho 2016

Brasil exporta modela fraudulento de formação para Colômbia, denuncia SBCP

By Notícias

O presidente da SBCP, Luciano Chaves e o diretor Jurídico da entidade, Carlos Michaelis Jr, estiveram reunidos nesta quarta-feira, 27, em Bogotá (Colômbia), com o Vice-Ministro da Educação Francisco Javier Cardona Acosta e representantes da Sociedade Colombiana de Cirurgia Plástica (SCCP) para solicitar o cancelamento dos títulos de especialista em cirurgia plástica emitidos na Colômbia a partir de diplomas ilegais emitidos pela Universidade Veiga de Almeida para médicos colombianos que vieram fazer “cursos de final de semana” no Brasil.

Ao custo de até 100 mil reais, estes médicos colombianos viajam uma vez a cada dois meses para assistir aulas teóricas no Brasil. Ao final de dois anos recebem um certificado de Especialista em Cirurgia Plástica, emitido pela Universidade Veiga de Almeida em parceria com a Academia Brasileira de Cirurgia Plástica, hoje chamada Academia Brasileira de Ciências Médicas. Depois, levam o certificado até o Ministério da Educação na Colômbia para obtenção do título de especialista, ficando assim autorizados a atuar como cirurgiões plásticos.

A ação conjunta entre a Universidade Veiga de Almeida e a atual Academia Brasileira de Ciências Médicas só faz piorar a questão da segurança do paciente (agora não somente no Brasil, mas também nos países vizinhos). “O Brasil está exportando um modelo fraudulento de formação de especialistas em cirurgia plástica. Isso é péssimo para a segurança dos pacientes e para a imagem de toda a medicina brasileira”, alerta Luciano Chaves. Para obter o título de especialista pela SBCP, o médico precisa ter a formação clínica de seis anos, dois anos de formação em cirurgia geral mais três anos de formação em cirurgia plástica, totalizando de 11 anos de estudo.

A SCCP, que é sociedade-irmã da SBCP, se posicionou contra e emissão desses títulos e solicitou apoio da entidade brasileira. “A saúde das pessoas está em risco e isso é uma responsabilidade de todos nós. Já existem relatos de mortes de pacientes desses falsos cirurgiões, o que é lamentável”, afirma Chaves.
O presidente participou ainda pela manhã de uma coletiva de imprensa para tirar dúvidas dos jornalistas sobre o assunto.

O que é beleza, da Argentina ao Vietnã

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Como designers de diferentes partes do mundo interpretaram um pedido de uma jornalista para deixá-la bonita

Tudo começou com um auto-retrato. Esther Honig enviou uma fotografia dela, iluminada de forma simples do ombro para cima, para um designer no Sri Lanka. Ela enviou um pedido simples junto com a foto: “Me deixe bonita.”

Honig é jornalista e gerente de mídias sociais na cidade do Kansas, Missouri. Em seu trabalho, ela havia se deparado com o site internacional freelancer Fiverr, e notou como muitas pessoas na página estavam fazendo propaganda de suas habilidades de Photoshop. Ela então teve uma ideia: o que aconteceria se ela pedisse para designers de diferentes países manipularem sua foto, com nada além de um pedido para “deixar ela linda”?

Honig fez exatamente isso: pediu para que um grupo com aproximadamente 40 designers usassem o photoshop para transformá-la em seus próprios conceitos de beleza. Para que não houvesse qualquer confusão com seu pedido, Honig pediu para os designers para deixa-la “como as mulheres que estampam capas das revistas de moda de seu país”.

Os resultados desta troca foram inseridos no projeto de Honig, “Before & After”- que oferece um olhar revelador, se não científico, da suposição de beleza em diferentes países e culturas. Em grande parte das fotos sua pele foi clareada, seus olhos iluminados e seus cabelos alongados. Algumas imagens deram roupas a Honige, outra teve o acréscimo de uma tatuagem.

Megan Garber, jornalista do The Atlantic’s, perguntou a Honig se algum dos Photoshops globais a surpreendeu ou a impressionou. Ela respondeu: “Marrocos foi a imagem mais surpreendente. A forma como o conceito “me deixar bonita” foi interpretada neste caso me tirou o fôlego. Já a imagem que recebi dos EUA (cabelos loiros) me fez tremer: ela foi manipulada de forma tão radical que me senti olhando no espelho e vendo uma imagem distorcida do meu próprio rosto.”

A imagem original de Honig é a que abre esse álbum. Veja os resultados pós photoshop, país por país.

 

Veja todas imagens no nosso Facebook

Fonte: The Atlantic

 

Contratura Capsular é assunto no Bem Estar

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Apesar de ocorrer com pouca frequência, a contratura capsular ganhou o noticiário nas últimas semanas após o problema acometer a cantora Valesca Popozuda.

Em uma edição dedicada a cirurgia plástica e a segurança do paciente, um das bandeiras da SBCP durante o ano de 2016, o programa Bem Estar abordou a importância de contatar um cirurgião plástico de confiança para as possibilidades de erro médico serem minimizadas.

Quem explicou como acontece e como proceder em caso de contratura capsular, foi o Dr. Luis Henrique Ishida.

 

 

Segurança do paciente no Bem Estar

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SEGURANÇA DO PACIENTE EM CIRURGIA PLÁSTICA FOI TEMA DO BEM ESTAR

Durante o ano de 2016 a segurança do paciente e a defesa da especialidade do cirurgião plástico têm sido as principais bandeiras defendidas pela SBCP.

Várias ações estão em andamento para intensificar a fiscalização dos falsos especialistas. Esses assuntos também têm sido o foco da comunicação da SBCP, conseguindo diversos espaços na mídia sobre o tema. Recentemente, foi a vez do programa Bem Estar, da Rede Globo, abordar a questão. O programa trouxe o perigo dos falsos especialistas e alguns casos recentes que resultaram em mortes.

O Dr. Luis Henrique Ishida , presente no estúdio, falou sobre o aplicativo e o site da SBCP como ferramentas simples e eficazes para que a população possa se informar antes de realizar qualquer procedimento em cirurgia plástica. Ele também mostrou os riscos de procedimentos serem feitos por profissionais não especialistas.

Capítulos e Comissões

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As Comissões, Departamentos e Capítulos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica possuem nova composição.
Os nomeados para o biênio 2016/2017 estão na relação abaixo.

Você também pode acessar a lista na revista Plastiko’s ou aqui mesmo no site.

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Lei do Ato Médico

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Com lamento assistimos esta imagem, que circula nas mídias sociais nos últimos dias. Trata-se de severa queimadura decorrente de tratamento estético realizado por um profissional não médico. A pergunta instiga a reflexão: saberia este profissional tratar tão severa lesão, e as sequelas que daí advirão?

De mesma forma, notamos preocupante avalanche, nas mídias sociais, de propagandas, anúncios e promoções de tratamentos estéticos, verdadeiramente comercializados por profissionais da saúde, não médicos.

Com o respeito que devotamos a todos os bons e éticos profissionais da saúde, levamos ao conhecimento da sociedade os esforços científicos da classe médica em alargar o quanto possível a segurança da população assistida pelos médicos. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), há anos prima pela excelência da formação e aprimoramento dos cirurgiões plásticos, fazendo desta especialidade médica reconhecido celeiro científico de respeito mundial.

Entendemos que a ciência não possa ter fronteiras, mas a formação e qualificação para realização de tratamentos médicos, é de competência legal e sobretudo responsabilidade daqueles que cursaram Medicina, e desenvolvem seu mister em cada uma de suas áreas, habilitados legalmente por Título de Especialista.

Não estamos aqui a proclamar desarmonia entre as tantas classes profissionais da saúde, mas cada profissional deve ser valorizado e colocado para tomar a decisão certa para resolver os problemas que ele estudou para resolver. Não se pode admitir o oportunismo e a aventura irresponsável de alguns, que curiosamente se atrevem exclusivamente ao campo da estética.

Neste país de desalinhos, estamos prestes a assistir mais um, com gravíssimas consequências a segurança da população. Com o único objetivo da defesa da saúde e segurança da população, convocamos a todos, seus familiares e amigos a votarem A FAVOR da Consulta Pública do Senado Federal sobre a Lei do Ato Médico, clicando agora no link:

VOTE AQUI

Não deixe de votar! Comprometa-se com a saúde e segurança da população, e consequentemente a sua também! Confirme seu e-mail, sua senha e vote A FAVOR! Até o presente momento a votação está apertada em desfavor da classe médica. Compartilhe esta nota!

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

5 mitos sobre cirurgia plástica que ninguém te conta

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São Paulo – Atrás somente dos Estados Unidos, o Brasil é vice-campeão entre os países que mais fazem cirurgias plásticas no mundo. Segundo os dados mais recentes da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), mais de 2 milhões de procedimentos são feitos por aqui anualmente.

Entre as intervenções, a lipoaspiração e o aumento das mamas aparecem como as cirurgias mais realizados no país.

Engana-se, no entanto, quem acha que as mulheres são as que mais fazem cirurgias. Muitos homens também realizam procedimentos com a intenção de corrigir algo que incomoda e assim melhorar a autoestima.

A pedido de Exame.com, o cirurgião Leandro Ventura, do Instituto Ivo Pitanguy, listou 5 mitos sobre cirurgia plástica. Veja abaixo quais são eles:

1 – Cirurgia plástica estética não requer preparação prévia

Segundo Ventura, em qualquer intervenção eletiva – como é o caso da maioria das cirurgias plásticas – deve-se avaliar o paciente como um todo. Logo na primeira consulta, antes de aprofundar a conversa em torno das queixas que levaram à procura do cirurgião plástico, é necessário conhecer o histórico do paciente, analisando cuidadosamente sua saúde geral.

2 – Sedentarismo e uso de medicamentos não interferem na realização e no sucesso da cirurgia

Obesidade, sedentarismo, comorbidades (presença ou associação de duas ou mais doenças no mesmo paciente), uso de medicações ou substâncias que aumentariam o risco de eventos tromboembólicos, como anticoncepcional oral ou outros hormônios, e até mesmo o tabagismo podem interferirmos procedimentos.

3 – Lipoaspiração ajuda a perder peso

De acordo com Ventura, existem limites de segurança para o volume a ser lipoaspirado. Ela é indicada nos casos de gordura localizada, que dificilmente desaparece – apesar de atingido o peso ideal. Além disso, a gordura retirada pode ser utilizada para preenchimento de outras áreas, auxiliando na harmonização do contorno corporal.

4 – Alguns procedimentos, como abdominoplastia, são indicados somente para mulheres

Por conta da gestação, a correção da flacidez na região do abdômen feita pela abdominoplastia é mais procurada por mulheres, mas tal procedimento não é exclusivo delas. Ventura pondera que as mulheres ainda são maioria na busca por cirurgias plásticas, mas cada vez mais os homens têm buscado melhorias.

“Talvez por machismo, se criou a cultura de que os homens deveriam se aceitar como são, mas as coisas estão mudando e hoje já homens que fazem cirurgias para corrigir o nariz, preenchimento de rugas e até a plástica na barriga”, explica o especialista.

5 – Cirurgia plástica não tem relação com transtornos mentais e autoestima

Para Ventura, pacientes que procuram cirurgias plásticas trazem transtornos tão ou mais importantes que as doenças orgânicas. “É importante observar que algumas cirurgias não são só estéticas. A de mamas nas mulheres e a ginecomastia nos homens são bons exemplos”, explica.

Segundo ele, é ainda importante ressaltar que, apesar de a cirurgia plástica realmente ser fator importantíssimo na melhora da autoestima, objetivando atenuar desconfortos físicos, as expectativas podem ser frustrantes, caso a cirurgia seja indicada em casos de transtornos mascarados por queixas físicas.

“O ser humano é complexo e se comunica de diferentes formas. Muitas vezes, deposita em detalhes corporais importância e responsabilidade irreais, por desequilíbrios da realidade mentais. Por isso, é importante se perguntar: Qual é a sua queixa?”, afirma.

Antes de optar por uma cirurgia, Ventura sugere ao paciente fazer as seguintes perguntas a si mesmo: Até que ponto de fato sua felicidade (ou a ausência dela) depende desse detalhe? Sua autoimagem é coerente? Condiz com a realidade? ”

“Reflita. Repense. Entenda-se melhor. Aceite-se mais. E, se após este processo de amadurecimento ainda houver espaço para reparos, harmonizações, embelezamentos responsáveis, conte conosco, cirurgiões plásticos”.

Fonte: Exame.com

Mulher com rosto sendo preparado para cirurgia plástica

Banco de Tecidos Humanos

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Eduardo Mainieri Chem
Médico cirurgião plástico, Diretor do Banco de Tecidos – Pele da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS

Aline Francielle Damo Souza
Biomédica do Banco de Tecidos – Pele da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS

Luana Pretto
Biomédica do Banco de Tecidos – Pele da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS

Pablo Fagundes Pase, Paulo Favalli, Rafael Neto e Rodrigo Dornelles
Médico cirurgião plástico colaborador voluntário do Banco de Tecidos – Pele da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS

 

Banco de Tecidos Humanos

O Banco de Tecidos Humanos Dr. Roberto Correa Chem foi criado em 2005 e é um dos três Bancos de Tecidos em atividade no País (ao lado de São Paulo e Curitiba). Sua principal atividade hoje se concentra em captar, processar, preservar e disponibilizar lâminas de pele alógena humana para os centros de tratamento de queimados e politraumatizados do País. Todas as etapas são realizadas obedecendo protocolos homologados pela legislação vigente e fiscalizados pelos órgãos competentes, o que garante um rigoroso controle de qualidade.

A pele alógena funciona como um curativo biológico temporário para cobertura de lesões cutâneas superficiais a profundas, protegendo o leito da ferida contra infecções bacterianas, reduzindo perdas de líquido e de calor, minimizando a dor e estimulando a cicatrização. Encontra indicação clínica bem estabelecida, entre elas a cobertura da área receptora, proteção de lesões de espessura parcial, proteção de autoenxerto (enxerto “sanduíche”) e cobertura temporária de lesões extensas e profundas. Especialmente nesta última condição, na qual é inviável a cobertura total das lesões por autoenxerto, a utilização de aloenxerto (pele proveniente de outro indivíduo, mas da mesma espécie) é um tratamento providencial e pode representar a diferença entre a vida e a morte, havendo redução da mortalidade de grandes queimados quando se dispõe dessa alternativa.

A doação de pele pode ser realizada a partir de indivíduos com o diagnóstico de morte encefálica ou parada cardiorrespiratória. Assim como para os demais órgãos e tecidos, a família do doador é entrevistada quanto ao desejo de doar, assinando um termo de consentimento para tal. A existência de doenças transmissíveis é investigada com o intuito de evitar a infecção do futuro receptor. Para a preservação das condições do tecido e minimização de possíveis contaminações microbianas, o protocolo de retirada de pele é muito similar ao de uma cirurgia in vivo. Realização em salas limpas do centro cirúrgico, técnica de manipulação asséptica (escovação e paramentação completas) e utilização de materiais estéreis fazem parte das rotinas da captação.
A captação de pele consiste em retirar, com o auxílio de um dermátomo ou faca de enxerto, finas lâminas com espessuras que variam de 0,8 a 1,0 mm. Neste processo, retira-se epiderme e derme papilar. Preferencialmente, as regiões doadoras localizam-se em coxas, pernas e tronco posterior, pois são facilmente “escondidas” durante a velação. Não há sangramento nem tampouco mutilação destas áreas, apenas a mudança para uma coloração mais clara (figura 1). Ao final do processo de captação, o uso de apósitos, ataduras e esparadrapos oculta eventuais perdas líquidas.

Logo após a retirada, a pele é encaminhada ao Banco de Tecidos, iniciando-se o processamento e sua conservação em glicerol. Durante este processo, são realizados diversos testes microbiológicos, ficando a pele liberada para envio somente após ser garantida a ausência total de microrganismos. Exemplares que não obtiverem tal condição mesmo após tratamentos com antimicrobianos são descartados. Os demais são armazenados sob refrigeração, ficando disponíveis para uso por um período de até 2 anos.

A distribuição do tecido está sob regulação da Central Nacional de Transplantes (CNT) e das Centrais Regionais (CNCDO= Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos). Tanto o médico como o hospital onde será realizado o transplante deverão ser cadastrados no Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Para obter a pele alógena, o médico transplantador necessita:
1- entrar em contato com o Banco de Tecidos para verificar a disponibilidade de estoque de acordo com a sua necessidade.
2- encaminhar para a CNCDO do seu Estado um formulário contendo os dados do paciente a ser transplantado, a quantidade de tecido requerida e os dados do hospital onde será realizado o transplante.
Após a CNCDO enviar a autorização para a realização do transplante ao Banco de Tecidos, este separa a quantidade de pele solicitada e organiza o seu envio para o local do transplante. Em caso de envio aéreo, a CNT solicita à companhia aérea a realização do transporte de forma gratuita.

Juntamente com a pele, são enviadas instruções para manuseio e uso da pele alógena, documentos contendo o registro do tecido enviado, o termo de consentimento para realização do transplante, o formulário de notificação de transplante realizado e o termo de notificação de efeitos colaterais. Devidamente preenchidos, os documentos devem retornar ao Banco de Tecidos para controle de rastreabilidade e posterior arquivamento. Até 10/05/2016, ocorreram 268 captações (gráfico 1) que possibilitaram envio de pele a diferentes localidades do território nacional (figura 2).

Além da pele alógena, o Banco de Tecidos Humanos conta com a perspectiva de disponibilização de membrana amniótica. Ao contrário de outros Países da América do Sul, a captação, o processamento e a disponibilização de membrana amniótica para uso clínico ainda não são regulamentados no Brasil. Motivados pela notória tragédia ocorrida na cidade de Santa Maria – RS, os Bancos de Tecidos do Chile, Uruguai e da Argentina doaram uma grande quantidade de membrana amniótica ao Rio Grande do Sul. Através de uma autorização especial do Ministério da Saúde, foi possível a utilização legal desse produto específico, conferindo ao Banco de Tecidos uma importante experiência de manipulação e utilização clínica de tal material. Até a presente data, aguarda-se a publicação da portaria definitiva para iniciar o processo totalmente nacional de captação, processamento e distribuição deste promissor curativo biológico, a membrana amniótica.

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Figura 1. Doador de pele humana: aspecto da região doadora após a retirada.

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Gráfico 1. Número de doadores Banco de Pele Dr. Roberto Corrêa Chem ao longo dos anos. (*Dados até 10/05/16).

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Figura 2. Destinos da pele doada pelo Banco de Pele Dr. Roberto Corrêa Chem

 

Além do Banco de Pele de Porto Alegre, o Brasil conta ainda com a atuação de dois outros importantes Bancos: o Banco de Pele Humana do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba/PR, sob direção técnica do Dr. Luiz Henrique A. Calomeno, e o Banco de Pele do Hospital das Clínicas de São Paulo, sob direção técnica do Dr. André Paggiaro.
De acordo com informações fornecidas pela equipe do Banco, o BPH de Curitiba tem sua equipe composta por 07 cirurgiões plásticos, 06 residentes e 02 enfermeiras. No ano de 2015, o Serviço realizou 31 captações de pele e enviou pele para 45 pacientes receptores, sendo o Serviço de Queimados do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba o maior beneficiado com as doações.

Com relação ao Banco de Pele do Hospital das Clínicas de São Paulo, o diretor técnico do Serviço afirma que o Banco teve grandes avanços internos com o passar dos anos, com melhora da estrutura física e melhorias no controle de qualidade. O Banco do HC fornece pele para diversos locais do país e também para a América do Sul (Equador). Entretanto, assim como os demais Bancos do país, o Banco do HC enfrenta problemas basicamente com a baixa oferta de doadores de pele e a falta de equipes de captação de pele adequadamente remuneradas e disponíveis em tempo integral para realização das captações. No ano de 2015, o Serviço teve um total de 24 ofertas de doação de pele, sendo que apenas 07 evoluíram para doadores efetivos. Neste mesmo ano, o Banco do HC enviou pele para 20 pacientes receptores, correspondendo a um total de 16.003,00 cm2 de pele alógena distribuída para transplante.

 

Cirurgia Pós-Bariátrica

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A obesidade é uma doença multifatorial com proporções epidêmicas: 52,5% dos brasileiros estão acima do peso, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Junto com a obesidade outras doenças, chamadas de comorbidades, surgem: hipertensão, diabetes, artropatias, infertilidade e muitas outras.

Longe de ser um problema apenas de hábitos, apesar da importância de se manter um estilo de vida saudável, muitos obesos não atingem seus objetivos com tratamentos clínicos e optam pela cirurgia bariátrica ou, popularmente, cirurgia de redução de estômago. Em 2014 foram 88 mil procedimentos deste tipo no Brasil todo.

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Muitas vezes a última etapa do tratamento cirúrgico da obesidade envolve uma cirurgia plástica para a retirada do excesso de pele resultante do extremo emagrecimento, após a estabilização do peso e da constatação da equipe médica responsável pela cirurgia bariátrica de que o paciente está apto e liberado a se submeter a uma cirurgia plástica pós-bariátrica.

O blog da SBCP conversou com o Dr. Alfredo Donnabella, cirurgião plástico integrante da SBCP e regente do capítulo de cirurgia plástica pós-bariátrica da Sociedade, para compreender melhor este procedimento destinado a quem deseja melhorar a forma e o tônus da pele, removendo excesso de tecido.

“O paciente pós-bariátrico é um desafio constante. Conhecer o comportamento do organismo deste paciente e suas limitações é muito importante para criar expectativas reais quanto aos resultados possíveis. É importante salientar que o ex-obeso sofreu muito até chegar ao consultório do Cirurgião Plástico, foi discriminado, foi cobrado como “sem vergonha” por ter dificuldade para emagrecer e lutou muito com sua auto-estima. O Cirurgião Plástico deve receber este paciente com uma visão de quem pede ajuda para terminar o processo de construção de um novo corpo, e porque não dizer da alma também, que se iniciou com a cirurgia bariátrica”, explica o Dr. Donnabella.

 

Abaixo você pode ler a entrevista completa:

Qual é a principal orientação para quem deseja se submeter a uma cirurgia plástica após grande perda de peso?

A primeira coisa que o paciente submetido a cirurgia pós-bariátrica e que deseja submeter-se a uma cirurgia plástica tem que fazer é procurar a equipe de Cirurgia Geral que fez a gastroplastia para certificar-se que encontra-se apto a realizar a cirurgia plástica e se está liberado para o procedimento proposto.

Esta cirurgia plástica pós-bariátrica é um procedimento específico ou a combinação de outros, como bodylifting?

A reconstrução do corpo do paciente pós-bariátrico compreende vários procedimentos. Os mais realizados são a abdominoplastia e a mamoplastia, seja feminina ou masculina. Outros procedimentos realizados são a coxoplastia, braquioplastia, ritidoplastia (cirurgia de rugas da face) e a dorsoplastia. Estes procedimentos podem ser realizados em etapa única ou em várias etapas. É comum a associação entre algumas cirurgias como: mama com abdome, abdome com dorso e mama com braços. Estas associações só vão poder acontecer se o paciente apresentar condições clínicas para tal e o cirurgião plástico estiver habituado com estas cirurgias.

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Após emagrecer muito as pessoas desejam ter um corpo delineado e proporcional. Como elas devem lidar com as expectativas para evitar frustrações com o resultado?

O paciente pós-bariátrico apresenta diversas alterações em seu corpo devido a um emagrecimento rápido causado por uma cirurgia agressiva (gastroplastia). Há uma perda de proteínas importantes para a elasticidade da pele, uma grande frouxidão dos tecidos e uma grande flacidez de pele. Desta maneira, os pacientes devem ter em mente que jamais terão um corpo com qualidade de cobertura cutânea (pele) de boa qualidade. Temos a possibilidade de alcançar bons resultados quanto a forma, mas as custas de vários procedimentos e algumas cicatrizes que podem ser extensas. Algumas vezes os procedimentos perdem a qualidade num período de tempo curto devido a má qualidade da pele e será necessária alguma complementação cirúrgica para melhorar o resultado. Os pacientes devem saber que deverão passar por várias etapas cirúrgicas para se conseguir um resultado próximo ao satisfatório. Deve lembrar que nem sempre a cicatriz resultante fica melhor que o aspecto inicial. Caso o paciente entenda estas limitações, a chance de frustação com o resultado é menor.

Após quanto tempo um paciente bariátrico pode passar por esta cirurgia plástica?

Para submeter-se a cirurgia plástica o paciente pós-bariátrico deve estar com o peso estável por, pelo menos, 3 a 6 meses. A estabilização do peso acontece normalmente, por volta de 12 a 18 meses após a cirurgia. Alguns pacientes podem estabilizar o peso antes deste tempo, mas não é comum.

Este procedimento apresenta algum tipo de risco específico?

Sim. Estes pacientes frequentemente apresentam algum grau de desequilíbrio em seus exames. Os mais comuns são a anemia por deficiência de absorção de ferro, baixa de proteínas por dificuldade de alimentar-se de carnes e a baixa de vitamina B12, que pode levar a alterações neurológicas graves que, às vezes, só aparecem após a cirurgia plástica. É importante salientar que os estudos mostram que quanto maior o peso do paciente na hora da cirurgia plástica, maior será o índice de complicações.

 

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Quais perguntas um paciente candidato a uma cirurgia plástica pós-bariátrica deve se fazer antes de decidir se submeter a este procedimento?

O cirurgião é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica?
Quais os riscos desta cirurgia?
Existe algo que possa ser feito para diminuir os riscos da cirurgia?
O paciente pós-bariátrico é igual ao paciente convencional?
O resultado da cirurgia será igual ao de um paciente que não fez cirurgia bariátrica?
Devo fazer algum preparo especial para esta cirurgia?
Que cuidados devo tomar antes e após da cirurgia?
Quais as limitações quanto aos resultados, da cirurgia?
Qual o tamanho das cicatrizes?
Vou precisar de outra(s) cirurgia(s) complementar(es)?

Quais perguntas um paciente não pode deixar de fazer ao cirurgião plástico?

Estou preparado para uma cirurgia segura?

Como é a preparação pré-operatória? Existem algumas dicas que podem ser passadas ao público?

Primeiramente precisamos da liberação da equipe que operou o paciente. A seguir na consulta médica avaliamos as possíveis patologias apresentadas pelo paciente (hipertensão arterial, diabetes, distúrbios respiratórios etc.) e se encontram equilibradas. Avaliação física do paciente visando as queixas e procurando outras alterações não relatadas, às vezes para se tratar bem um queixa do abdome, precisamos tratar o dorso também. Devemos procurar possíveis infecções de pele, que são comuns neste tipo de paciente devido as dobras cutâneas. Esclarecimento de dúvidas e orientações sobre a(s) cirurgia(s). Solicitamos os exames complementares. O paciente deve levar os últimos exames, assim como a relação dos medicamentos de uso contínuo. Uma boa alimentação é imprescindível para se evitar alterações como baixa de ferro ou proteínas. A prática de exercícios físicos é muito benéfica.

E a fase pós-operatória? Quais os cuidados específicos desta cirurgia plástica?

Seguir rigorosamente as orientações do seu médico. Estimular a deambulação. Estimular a ingestão de líquidos. Manter as feridas limpas. Exercícios físicos só após liberação do médico, assim como dirigir ou andar de moto. Como este tipo de cirurgia apresenta um índice de complicações maior do que em pacientes convencionais, qualquer pequena alteração deve ser comunicada ao médico.

Além de manter hábitos saudáveis, como o paciente pode manter os resultados desta cirurgia plástica?

Uma boa alimentação balanceada com ingestão de proteínas. Estes pacientes podem ter dificuldade para ingerir alimentos ricos em proteína. Evitar o “efeito sanfona”. Uso de cremes e hidratantes. Exercícios físicos regulares.

 

Crédito das fotos: potamos.photography via Compfight cc | Praphol Chattharakul (via Flickr / CC BY-ND-NC 2.0) | Oberazzi viaCompfight cc

Museu da SBCP

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Dr. Fernando Gomes, coordenador do Museu da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ivo Pitanguy, fala sobre um dos grandes cirurgiões plásticos brasileiros.

O museu, inaugurado em maio de 2016, é aberto à população e funciona de segunda à sexta-feira, das 9 às 17 horas.

Para visitar, basta agendar um horário (11 3044-0000).

A entrada é gratuita.