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outubro 2016

SBCP lança programa de educação à distância para associados

By Notícias

Para ampliar as formas de propagação do conhecimento em cirurgia plástica a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) lançou o Programa de Educação à Distância (PED) por meio da SBCPLive, um recurso exclusivo para associados que traz uma vasta quantidade de conteúdo com especialistas renomados. São estudos, publicações científicas, vídeos, aulas ao vivo e gravadas.

COMO FUNCIONA?

O PED é feito por meio da Plataforma NEO. O associado compra um kit contendo um token, que deve ser conectado no computador, uma chave individual de acesso com biometria para conectar a plataforma, um cartão personalizado contendo RFID (Radio-Frequency Identification) e um código numérico para ativação.

CONTEÚDO

Elaborado com alto rigor científico, os arquivos e vídeos serão atualizados constantemente e o sistema irá comunicar a cada novo conteúdo disponível. As aulas abrangem o que há de mais novo em técnicas e procedimentos. Acesse www.sbcp.live/conteúdo e confira os primeiros temas disponíveis.

COMO ADQUIRIR?

Os interessados devem acessar o site www.sbcp.live para realizar a compra do kit anual, que será entregue no 53º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica que ocorrerá de 11 a 14 de Novembro em Fortaleza-CE. Durante a entrega, será realizada a ativação e validação da Chave Individual de Acesso do associado à Plataforma, com a coleta das digitais, assinatura de contrato e armazenagem da cópia de documentos pessoais. Por exigir a biometria, sistema que permite maior segurança ao associado, quem não puder comparecer ao Congresso, pode cadastrar a biometria na sede da SBCP em São Paulo ou na Regional do Rio de Janeiro.

Conheça mais detalhes acessando o site www.sbcp.live ou contate para a SBCP: (11) 3044-0000 e sbcp@cirurgiaplastica.org.br.

Câncer de mama: mutirão de reconstrução mamária vai realizar 842 cirurgias

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Cerca de 840 mulheres que passaram por mastectomia – remoção de uma ou ambas as mamas – serão atendidas gratuitamente por cirurgiões plásticos para o procedimento de reconstrução mamária. O 2º Mutirão Nacional de Reconstrução Mamária, coordenado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), acontece de 24 a 29 de outubro e deve contar com a participação de mais de 800 profissionais da área.

As pacientes que vão participar do mutirão já foram selecionadas e realizaram previamente todos os exames necessários para a cirurgia. A previsão é que pelo menos 842 procedimentos sejam realizados em 98 hospitais do país. Ao todo, 18 unidades da federação que contam com uma regional da entidade participam da ação. São eles: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Pará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal.

Autoestima
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da SBCP, Luciano Chaves, destacou que a reconstrução da mama é parte integrante da proposta de tratamento para o câncer de mama implementada atualmente no Brasil, que envolve o diagnóstico, a cirurgia para retirada de parte da mama ou de toda a mama, a quimioterapia e a radioterapia e, por fim, a plástica reconstrutora. “A reconstrução mamária é um direito garantido em lei”, reforçou.

“O mutirão devolve a essas pacientes a autoestima. Estudos mostram que as mulheres reconstruídas têm menor chance de reincidir no câncer porque essas doenças estão relacionadas à produção de endorfina e ao equilíbrio emocional. Mulheres mastectomizadas são mais deprimidas, mutiladas, tristes. Mulheres reconstruídas retomam seu relacionamento afetivo, encontram um ponto de equilíbrio psicoafetivo e uma melhora do humor e do estado depressivo”, concluiu.

Saúde cria serviço de referência para tratar câncer de colo de útero e de mama

Filas
Chaves ressalta  que o Brasil registra cerca de 50 mil casos de câncer de mama anualmente. Desses, em torno de 12 mil pacientes morrem após o diagnóstico. Dos outros 38 mil, cerca de 5 mil conseguem fazer a reconstrução mamária pelo convênio ou plano de saúde, enquanto mais de 30 mil mulheres dependem da rede pública para o procedimento.

“Todos os anos, acumulamos aproximadamente entre 25 mil e 27 mil mulheres que ficam sem realizar a reconstrução mamária. O tempo médio de espera de uma mulher brasileira que permanece mastectomizada na rede pública gira em torno de dez anos. Na França, por exemplo, de cada 100 mulheres submetidas a mastectomia, 82 fazem a reconstrução no primeiro ano após o procedimento”, contou.

Segundo Chaves, em 2012, quando foi realizado o 1º Mutirão Nacional de Reconstrução Mamária, 555 pacientes foram operadas no prazo de uma semana, enquanto a rede pública realizou 1.120 cirurgias em um ano. “É um mutirão de logística muito grande. Este ano, um grande facilitador foi a doação de 500 próteses mamárias por parte de uma empresa fabricante. No primeiro ano, dependíamos que as próteses fossem adquiridas pelas secretarias de saúde de cada estado”.

Outubro Rosa
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o tumor na mama é o segundo tipo mais comum de câncer registrado entre mulheres no Brasil e no mundo – atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A doença responde por cerca de 25% dos novos casos de câncer registrados todos os anos.

Considerado relativamente raro antes dos 35 anos, o câncer de mama aumenta sua incidência progressivamente a partir dessa faixa etária – sobretudo após os 50 anos. Apesar dos vários tipos de câncer de mama e da variação na evolução, a maioria dos casos, segundo o órgão, tem bom prognóstico desde que precocemente diagnosticado e tratado.

A estimativa é que cerca de 57.960 novos casos de câncer de mama sejam registrados no Brasil este ano. Em 2013, 14.388 pessoas morreram no país em razão da doença, sendo 14.206 mulheres e 181 homens (o tumor também acomete homens, mas de forma mais rara, representando apenas 1% do total de casos).

Em 2016, a campanha Outubro Rosa tem como tema “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?”. O objetivo é fortalecer as recomendações para rastreamento e diagnóstico precoce e desmistificar conceitos relacionados à doença. A data é celebrada anualmente no intuito de compartilhar informações, promover a conscientização e proporcionar maior acesso a serviços de diagnóstico e tratamento, além de contribuir para a redução da mortalidade.

Edição: Amanda Cieglinski

Comissão do AM vai apurar denúncias de tráfico de órgãos na Venezuela

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Mulher teria voltado para o Brasil sem órgãos após cirurgia na Venezuela.
16 óbitos foram registrados em menos de 12 meses após procedimentos.

MP-AM, OAB e CBPM  se reuniram para assinar documento em Manaus (Foto: Ísis Capistrano/ G1 AM)

MP-AM, OAB e CBPM se reuniram para assinar documento em Manaus (Foto: Ísis Capistrano/ G1 AM)

Representantes de entidades médicas e de órgãos da Justiça se reuniram, nesta sexta-feira (14), em Manaus para criar uma comissão que deve apurar denúncias envolvendo suspeita de tráfico de órgãos de pessoas que fizeram cirurgias plásticas na Venezuela. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), pelo menos 16 vítimas brasileiras Roraima morreram, em menos de um ano, após se submeterem à procedimentos cirúrgicos na Venezuela.

Para a promotora Silvana Nobre Cabral, titular da Promotoria de Justiça do especializada em saúde pública, a assinatura do documento feita nesta sexta-feira é importante. Ela acredita que é precipitado afirmar que existe tráfico de órgãos sem uma investigação.

“Todos os órgãos querem chegar a uma investigação mais séria para modificar essa situação. Inicialmente ingressamos nessa situação como uma questão de saúde pública”, disse a promotora.

De acordo com o presidente da SBCP, Luciano Ornela Chaves, foram apuradas denúncias sobre organizações de agenciadores que atuam em redes sociais convencendo pacientes a irem para a Venezuela e ficarem sob os cuidados de médicos sem especialização em cirurgia plástica e não cadastrados na Sociedade Venezuelana de Cirurgia Plástica.

“Como essas pacientes brasileiras sequeladas vão reclamar indenização junto a esses médicos? Não existe cobertura jurídica. Outra preocupação é que há pacientes brasileiras indo a óbito na Venezuela e voltam sem os órgãos com laudo de atestado de óbito do medico venezuelano”, disse Chaves.

No Amazonas, há registros de 13 mortes e mais de 100 casos de pacientes internadas com problemas pós-operatórios. A maioria sofre com necroses e aberturas de cirurgias.

Chaves afirma que a suspeita de tráfico humano começou depois de uma paciente de Boa Vista, morrer na Venezuela. Quando o corpo chegou ao Brasil, os familiares solicitaram laudo do Instituto Médico Brasileiro (IML) e foi constatado que não havia órgãos.

“Sem órgãos, elimina-se a possibilidade de periciar o caso e chegar o motivo da causa mortis. Não cabe à Sociedade afirmar se há tráfico. Cabe aos órgãos competentes se aprofundarem nesse caso”, disse o presidente da SBCP.

O presidente da OAB-AM, Marco Aurélio de Lima Choy acredita que será difícil responsabilizar médicos fora da fronteira do país.

“A intenção é focar nas pessoas que captam as pacientes para levar até a Venezuela. Temos que responsabilizá-los. Mas queremos atuar na tanto na fase repressiva quanto preventiva, para evitar que mais pessoas sejam vítimas desses casos”, disse. Segundo Marco Aurélio, a instituição registrou procura de famílias para o obter direcionamento de como agir.

Representantes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Ordem dos Advogados do Brasil seccional Amazonas (OAB-AM), Associação Médica Brasileira, Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Ministério Público do Estado (MPE-AM) e da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) assinaram o documento para a abertura da comissão.

 

Fonte: globo.com

SBCP participa do I Congresso Amazônico de Direito Médico

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O encontro entre médicos e juristas visa elucidar questões do campo jurídico na área médica

Representando a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o presidente Luciano Chaves, o vice-presidente Dênis Calazans e o coordenador jurídico Carlos Michaelis Júnior estão reunidos com outros representantes da medicina e do direito no País no I Congresso Amazônico de Direito Médico, hoje, 14 e amanhã, 15 de outubro, em Manaus (AM). O encontro é uma iniciativa da Comissão de Direito Médico e da Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Amazonas (OAB-AM).

Ao lado de representantes da Associação Médica Brasileira (AMB) e Conselho Federal de Medicina (CFM), Luciano Chaves proferiu a palestra “Defesa da Obrigação de Meio na Cirurgia Plástica”. Após a palestra, aconteceu um debate sobre o assunto entre a especialista em Direito Médico e presidente da Comissão de Direito Médico e Saúde da OAB-AM, Lídice Mayo Langbeck, o presidente da SBCP regional Amazonas, Ricardo Góes Figueiras e o presidente da Liga Amazonense de Cirurgia Plástica, Euler Ribeiro Filho.

 

“Precisamos interagir e trocar ideias para erradicarmos a invasão das especialidades médicas por aqueles que não possuem formação, qualificação e certificação específicas e que colocam a vida das pessoas em risco”, explica o representante jurídico da SBCP e AMB, Carlos Michaelis Junior, que palestrou sobre a defesa das especialidades médicas.

Para Chaves, o evento acontece em um momento muito oportuno. “A abertura do diálogo e o entrosamento entre a medicina e o direito torna-se extremamente necessário no atual momento em que o país enfrenta um grande número de falsos profissionais atuando na área de saúde, assim como casos de turismo da beleza que tem ocorrido com grande frequência na região Norte, em especial no Amazonas, sequelando muitas vítimas e levando a óbito muitas outras”, afirmou o presidente.

“Nunca a medicina esteve em interação tão grande com o direito, quanto nestes últimos anos. As problemáticas a serem pacificadas são múltiplas, e quanto maior for a proximidade destas ciências, maiores serão as garantias de direitos da população, e sobretudo uma Medicina segura, ética e com o respeito merecedor daqueles que a exercem com seu objetivo maior, a vida humana”, declarou Dênis Calazans vice-presidente da SBCP, que fez palestra sobre o Projeto de Defesa da Especialidade da entidade.

A SBCP será a única sociedade de especialidade a participar do evento. Mais informações sobre a programação podem ser acessadas emhttp://www.oabam.org.br

 

II Campanha Nacional da Fissura Lábio Palatina – AM

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As cirurgias acontece nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, em hospitais parceiros da Smile Train A abertura da campanha aconteceu na fundação Adriano Jorge em Manaus nessa segunda-feira, tendo seu encerramento no dia 14 de outubro em Marambá, Pará. O objetivo dessa ação é aumentar o alcance do tratamento de pacientes com fissura lábio palatina.

Justiça Federal proíbe biomédicos de fazerem procedimentos dermatológicos e cirúrgicos

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Os médicos brasileiros alcançaram mais uma importante vitória em defesa da exclusividade das atividades previstas na Lei nº 12.842/2013 (Lei do Ato Médico). Sentença emitida pela Justiça Federal do Distrito Federal (DF) em decorrência de ação ajuizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou a ilegalidade de medidas cometidas pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) que, por meio de normas administrativas, autorizou seus filiados a extrapolarem os limites e as competências que a legislação lhes autoriza. Para alcançar a decisão que data de 6 de outubro, o CFM contou com o apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e com decisiva ajuda do grupo de juristas da Associação Médica Brasileira (AMB) e dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs).

ACESSE AQUI A ÍNTEGRA DA DECISÃO DA JUSTIÇA FEDERAL

A decisão da juíza federal Maria Cecília de Marco Rocha, da 3ª Vara Federal do DF, acolheu integralmente pedido do CFM para que fossem anulados imediatamente, em todo o território nacional, os efeitos das Resoluções CFBM nº 197/2011, nº 200/2011 e nº 214/2012, além da sua Resolução normativa nº 01/2012. Com isso, os biomédicos ficam proibidos de executar procedimentos dermatológicos e cirúrgicos, considerados invasivos. Pela Lei nº 12.842/2013, apenas os médicos podem realizar tais atividades.

Legalidade – Na argumentação apresentada, a qual recebeu elogios da juíza federal, o CFM conseguiu provar que o CFBM não obedeceu ao Princípio da Legalidade ao editar este conjunto de Resoluções, induzindo os profissionais daquela categoria a cometer ilicitudes e expondo a população a situações de risco por conta de possível atendimento por pessoas sem a devida qualificação e sem competência legal para tanto.

Pela sentença da Justiça Federal, o biomédico somente tem permissão de atuar em questões ligadas à saúde quando supervisionado por médico. “A lei que regulamenta a profissão do biomédico é claríssima em ressaltar que o profissional pode atuar, sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de radiodiagnóstico e de outros para os quais esteja legalmente habilitado. Os atos normativos editados pelo Réu (CFBM) desbordaram da lei, na medida em que permitiram a atuação de biomédicos sem a supervisão médica”, informa a decisão.

Procedimentos – A juíza Maria Cecília de Marco Rocha ainda deixou claro que os procedimentos médicos listados nos normativos da CFBM são atos privativos de médicos, inclusive pelos riscos de danos e pela exigência de qualificação técnica de seus responsáveis. “É demais comprovado nos autos que esses procedimentos não são tão simples, como defendido pelo Conselho Federal de Biomedicina. As complicações decorrentes da realização de tais atos são inúmeras, levando pacientes a óbitos”, afirmou.

Na sentença, a juíza explica ainda que não se desmerece o conhecimento dos biomédicos ao observar que o ramo da saúde estética não deve ser retirado das atribuições privativas dos médicos. Em sua avaliação, pelo contrário, se prestigia o arcabouço constitucional e legal que regulamenta as profissões. Entretanto, ressalta a sentença, “não se pode substituir o médico com especialização em dermatologia ou cirurgia plástica pelo biomédico com especialização em estética”.

Farmácia – Esta foi a segunda vitória alcançada na defesa do ato médico em menos de um mês. No dia 26 de setembro, a Justiça Federal do Rio Grande do Norte acolheu pedido de liminar feito pelas entidades médicas contra resoluções do Conselho Federal de Farmácia (CFF) que vinham amparando atuação dos farmacêuticos muito além dos limites definidos por lei, extrapolando inclusive a capacidade técnica e de formação desses profissionais, também gerando insegurança e risco para pacientes.

A liminar determinou a suspensão judicial da Resolução CFF 585/2013, após acolhimento de argumentação no sentido de proibir farmacêuticos de receberem pacientes com o intuito de prestar atendimento clínico. A decisão do juiz federal Magnus Augusto Costa Delgado disse que, “através das resoluções (CFF), se está permitindo e delegando aos farmacêuticos a prática de atos considerados privativos de médicos, e, o que é mais temerário, por meio de norma infralegal”. Em consequência, ele ordenou a revogação do artigo 7, incisos VII, VIII, XVI e XXVI, da Resolução CFF 585/2013, por infringirem e desrespeitarem diretamente a lei do Ato Médico.

Estratégia – Em julho desse ano, o CFM criou uma Comissão Jurídica de Defesa ao Ato Médico, composta por advogados responsáveis pela Coordenação Jurídica do CFM, da Associação Médica Brasileira (AMB) e de vários Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) e sociedades de especialidades médicas. Desde então, o grupo tem proposto ações e medidas em diferentes âmbitos em defesa dos interesses dos médicos, da medicina e da população.

De forma conjunta, a Comissão estabeleceu estratégia jurídica para fazer contraposição aos atos administrativos ilegais já citados e tem tomado todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis para suspender e anular judicialmente esses normativos, requerer a apuração da responsabilidade dos gestores que os editaram e denunciar casos concretos de exercício ilegal da medicina, com apuração da responsabilidade civil e criminal de todos os profissionais envolvidos nos inúmeros casos de prejuízo a pacientes que chegam diariamente a conhecimento da Comissão.

Fonte:http://portal.cfm.org.br/

Quando a cirurgia plástica ganha uma beleza a mais

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Procedimentos de reparação, feitos para reconstruir o corpo e a autoestima, cresceram nos últimos anos

Ainda hoje, quando se menciona a expressão “cirurgia plástica”, o pensamento costuma focar direto a estética. E é isso o que ela faz mesmo. Algumas vezes, no entanto, a intenção não é somente tornar alguma parte do corpo mais bonita ou harmônica – e sim devolver a uma pessoa a alegria com o próprio corpo. É o que fazem as cirurgias plásticas reparadoras e reconstrutivas.

Esse tipo de operação mais frequentemente inclui regiões do corpo afetadas pelo câncer, como as reconstruções de mamas e devido ao câncer de pele, modificações nas orelhas (reparar orelhas “de abano”), tratamento para síndromes congênitas, reconstruções após acidentes domésticos e urbanos diversos, para vítimas de queimaduras ou tratamento de cicatrizes patológicas (queloides e cicatrizes).

Foto: Shutterstock

Foto: Shutterstock

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, os números aumentaram em todos os níveis: em 2009 foram realizadas 629 mil cirurgias plásticas no Brasil, o que nos colocava no segundo lugar no mundo, atrás somente dos Estados Unidos. Dessas cirurgias, 27% eram reparadoras (cerca de 170 mil). Em 2015, foram realizadas 1,5 milhão de cirurgias plásticas, sendo 600 mil reparadoras – elevando para 40% do total.

As mulheres são, normalmente, as que mais procuram por esses procedimentos – e, muitas vezes, porque elas se tornam essenciais para começar a curar traumas físicos e até psicológicos.

Saúde pública

Em março passado, foi regulamentada uma lei que permite ao Sistema Único de Saúde em todo o Brasil atender gratuitamente os casos em que a mulher sofreu violência doméstica e precisa de cirurgia plástica reparadora.

O SUS já disponibiliza há tempos a cirurgia plástica em outros casos de reparação. O sistema público cobre, por exemplo, plásticas para fenda palatina e lábio leporino, implantes de silicone em mulheres que passaram por câncer de mama ou operação de redução dos seios naquelas que desenvolvem problemas de coluna devido ao peso da mama.

“A Organização Mundial de Saúde define saúde como bem-estar físico e mental. Portanto, se um paciente está infeliz com alguma alteração estética, considera-se, sim, um problema de saúde”, lembra Marco Túlio Rodrigues da Cunha, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Mais recentemente, também vem crescendo o número de pessoas que procuram as plásticas reparadoras por terem se submetido à cirurgia bariátrica – e, posteriormente, evoluíram para uma condição em que a flacidez e a sobra de tecidos decorrentes da perda de peso causaram algum grau de prejuízo à imagem ou às atividades de rotina.

Com a realização da operação, muitos pacientes passam a ter uma grande melhora na saúde – mas a melhoria diária da qualidade de vida também faz necessário lidar com o excesso de pele na região do abdômen, dorsal, coxas e braços.

O caso é que, após o emagrecimento e estabilização, que ocorre em torno de 18 meses após a bariátrica, o paciente precisa não só de uma correção, mas de um plano de tratamento que pode envolver até cinco cirurgias, segundo a SBCP (já que esses casos são especiais e as estruturas anatômicas têm alterações e fragilidades que podem ser parciais dependendo de cada indivíduo).

“Os cirurgiões plásticos membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica estão capacitados para a execução da maioria dos procedimentos reparadores”, diz Cunha.

Mas não existe, claro, um “toque mágico” que resolva todas as questões. “Cabe ao cirurgião orientar o paciente detalhada e claramente que toda cirurgia tem limitações – e, muitas vezes, acontece uma troca de uma alteração maior por um sinal ou cicatriz mais disfarçado”, explica o cirurgião plástico.

O que muitos pacientes buscam, no fim, é se sentirem bem novamente – e a cirurgia reparadora pode não significar vida plenamente normal, mas uma vida nova e um caminho para se sentirem recuperados após situações tão extremas.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

O botox e o padrão estético masculino

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De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) em 2014, mais de 400.000 homens passaram por injeções de toxina botulínica. Em relação ao total da população americana masculina, esse número pode não ser significativo. Por outro lado, ele não deve ser ignorado já que representa um aumento de 337% em nesse mercado.

Esse crescimento não é fascinante somente por conta dos números alcançados no mercado, mas por mostrar uma superação do preconceito e da vergonha atrelados a cirurgias plásticas e botox masculinos. Estigmas que foram criados e desenvolvidos pela indústria publicitária ao longo do tempo.

Sempre foi cobrado mais de mulheres quando o assunto é envelhecimento, a sociedade espera que elas se mantenham bonitas e jovens ao passar dos anos. Por conta disso, é aceitável que muitas estejam dispostas a passar pelo bisturi para prolongar a juventude. Homens, por outro lado, acabam deixando as rugas a mostra, usando-as como símbolo de resistência, trabalho duro, experiência e sacrifício.

Dr. Jason Bloom, membro da ASPS, afirma que “Ainda há uma visão errada sobre homens que têm vontade de ter aparência mais jovem, o que faz com que sejam taxados como vaidosos e isso vai contra tudo o que a maioria deles foram ensinados sobre ‘ser homem”.

A ala masculina tem que admitir um fato: sentir a velhice chegando é horrível, não importa a idade. Então, porque não tentar diminuir os efeitos do tempo com o botox, e consequentemente elevar sua autoestima? A sociedade está mudando e quebrar paradigmas faz parte desse processo.
Fonte: Revista Forbes