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Todo cuidado é pouco na hora de escolher o cirurgião plástico

By 30 de novembro de 2016Nenhum comentário

Encontrei na rua, dias atrás, uma antiga professora, lá dos tempos do Ensino Médio. Foi ela que me reconheceu, porque eu nunca imaginaria que aquela senhora, de cabelos ruivos, olhos puxados e maçãs tão salientes nas bochechas, fosse a mesma professora  de cabelos pretos curtinhos e rostinho miúdo que tentava me fazer a todo custo gostar das aulas de matemática. Tarefa árdua e impossível, diga-se de passagem. Por mais que ela fosse simpática e tivesse boa didática, números sempre foram coisa de outro planeta pra mim.

Bom, voltando ao encontro. Fiquei meio sem jeito quando ela me chamou pelo nome e me deu um abraço apertado. Eu realmente não a reconheci, provavelmente porque ela fez tanta plástica e intervenções no rosto e no corpo que praticamente se transformou em outra pessoa. Estava feia e esquisita – coisa que ela nunca foi. Conversamos por alguns minutos e nos despedimos, prometendo um reencontro para um café. O visual dela não saiu mais da minha cabeça. Só conseguia pensar que ela deve ter gasto uma fortuna, tentando permanecer jovem e bonita, e o resultado não poderia ser pior. Soube depois, por uma amiga em comum, que a primeira plástica que ela fez deu errado, e que desde então ela vem tentando minimizar o problema. Pelo jeito, sem sucesso.

Todo cuidado é pouco na hora de escolher o cirurgião plástico Divulgação/

Cirurgias plásticas, sem não forem feitas por profissionais qualificados, têm muita chance de dar errado. Parece que foi isso que aconteceu com a minha ex-professora. Uma das formas de prevenir problemas na cirurgia, informa Rafael Frota, cirurgião plástico do Hospital Albert Einstein, é consultar a situação do médico, acessando o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e buscando pelo CRM do profissional. O Brasil é um dos países que mais realiza cirurgias plásticas no mundo. Hoje são mais de 1,5 milhão de procedimentos por ano. Mas a SBCP faz um alerta: 12 mil médicos que realizam operações estéticas não têm formação específica para essa atividade.

Desde 2013, o Brasil supera os Estados Unidos em número de cirurgias, e no inverno a procura pelos procedimentos cresce 60%.  A SBCP alerta que esses não especialistas, que têm apenas cursos de estética, executam procedimentos como lipoaspiração e colocação de prótese de silicone em entidades não reconhecidas pela Associação Médica Brasileira. É preciso, então, muito cuidado na hora de escolher nas mãos de quem vai depositar a sua saúde e, quem sabe, até a sua vida.

fonte: http://dc.clicrbs.com.br/sc/colunistas/noticia/2016/07/todo-cuidado-e-pouco-na-hora-de-escolher-o-cirurgiao-plastico-6812057.html