Encerrando sua gestão à frente da SBCP, o Dr. Dênis Calazans, Dr. Leandro Pereira e Dr. Antônio Carlos fazem um balanço de sua atuação nos últimos dois anos

Por Madson de Moraes

Os anos de 2020 e 2021 entraram para a história mundial como os anos em que enfrentamos a pior pandemia sanitária dos últimos 100 anos. Os efeitos foram inesperados e suas consequências, inesperadas. Conduzir a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), umas das sociedades de especialidades médicas mais antigas no país, foi uma tarefa repleta de intensos desafios e variados aprendizados. No último dia do 57º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, realizado em novembro em Maceió (AL), aproveitamos para conversar com a Diretoria Executiva da entidade, composta pelo Dr. Dênis Calazans (presidente), Dr. Leandro Pereira (secretário-geral) e Dr. Antônio Carlos (Tesoureiro). No bate-papo a seguir, os três falam dos desafios que a pandemia de Covid-19 trouxe, avaliam a volta do Congresso presencial e o legado que a gestão deixa para a próxima Diretoria.

O que vocês podem destacar de realizações nestes dois anos durante uma pandemia que parou todo o planeta?

Dr. Dênis: Considero dois fatores. Um é o número de horas oferecidas de educação a distância é um exemplo. Oferecemos dois a três eventos por semana, a maioria gratuitos, a todos os sócios. Foi um número recorde de eventos online em todos os 73 anos da SBCP. Fomos uma das primeiras entidades médicas, e isso bem no início da pandemia em 2020, a oferecer eventos online. Mesmo impactados por todo aquele cenário inóspito, arregaçamos as mangas e criamos uma agenda de eventos em 2020 que foi algo único. O segundo ponto foi a administração da entidade em tempos de crise. Aprendemos como gestor a nos organizar
quando uma crise advir. A SBCP está mais preparada para lidar com mudanças bruscas que possam ocorrer no futuro. Com a serenidade do Leandro e a habilidade de administrar do Antônio, entregamos para a próxima Diretoria uma entidade sólida financeiramente e com uma administração mais afiada.

Dr. Antônio: Complementando a fala do Dênis, iniciamos nossa gestão focada com vários projetos para 2020-2021. Com três meses de gestão e vários eventos programados e pagos, veio a pandemia, seus efeitos indesejados e a suspensão de uma Jornada três dias antes de acontecer, por exemplo. Como efeito cascata, todas as demais Jornadas e o Congresso Brasileiro não puderam ocorrer em 2020. Não foi fácil. Mas, em permanente diálogo com os dois e Departamentos, enxugamos custos com a renegociação de contratos, entre outras medidas administrativas que tomamos. Encerramos o ano de 2021 com nossa entidade saudável financeiramente e com a realização de um congresso maravilhoso e público além da nossa expectativa.

Dr. Leandro: O ano de 2020 causou um alvoroço. Não foi fácil. Como disse o Antônio, cancelar todos os nossos eventos no ano passado foi uma decisão dura e difícil. Mas foram decisões tomadas com as melhores evidências científicas possíveis e foram acertadas se pensarmos hoje. A calma do Dênis e habilidade administrativa do Antônio foram fundamentais nesta gestão. A conversa com os sócios para levarmos a todos a melhor serenidade possível foi importante. Mesmo não podendo realizar nossos eventos presenciais em 2020, trabalhamos bastante nos bastidores para seguirmos interagindo entre nós virtualmente. E elas vieram, como o Dênis disse, por meio de dezenas de eventos e atividades científicas online. O saldo geral ao final de 2021 é positivo: realizamos 100% de todos os projetos que desenhamos para estes dois anos, oferecemos benefícios aos sócios e encerramos esta gestão entregando um Congresso Brasileiro ótimo em termos de público que foi fundamental para unirmos toda a especialidade.
Fonte: Revista Plastiko’s – edição 230

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