O Brasil está em 2º lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas, atrás dos Estados Unidos.

Por Pedro Nery Bersan
Cirurgião plástico do Hospital Madre Teresa e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

O último estudo da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (Isaps) revelou que os brasileiros passaram por cerca de 2,5 milhões de procedimentos em 2017, representando 10,4% das cirurgias estéticas mundiais. Os profissionais brasileiros são muito respeitados pelos números, mas, principalmente, pelo foco em qualidade, segurança e inovação em intervenções cirúrgicas, envolvendo técnicas e abordagens próprias e já difundidas mundialmente. Contudo, com o aumento dos “golpes da cirurgia plástica”, é preciso alertar que o número de pessoas sem uma correta qualificação ou habilitação profissional cresce à medida que aumenta, também, a preocupação com a aparência. É fundamental atenção com os procedimentos estéticos invasivos ou cosmiátricos, pois somente devem ser executados por especialistas em dermatologia ou cirurgia plástica.

O cirurgião plástico passa por seis anos de faculdade de medicina, mais dois em cirurgia geral e outros três para residência em cirurgia plástica. O processo é importante para a capacitação em execução de procedimentos, identificação de possíveis intercorrências, para evitá-las, ou para lidar com elas quando não detectadas antes do procedimento.

Conforme dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o Brasil tem mais de seis mil cirurgiões plásticos, sendo o profissional responsável por melhorar a autoestima ao promover o bem-estar, contribuindo não apenas com a aparência externa, mas auxiliando no equilíbrio geral. Os benefícios da cirurgia plástica vão muito além da questão estética, ao devolver a autoestima, afastando problemas relacionados à autoimagem, como a depressão. Também auxilia na recuperação de doenças e aspectos funcionais do corpo, que podem ser corrigidos ou aprimorados com procedimentos cirúrgicos.

O Censo de 2018 da SBCP aponta crescimento de 25,2% nas cirurgias estéticas e 9,3% nas intervenções reparadoras. Ainda conforme o levantamento, 70% das cirurgias plásticas são femininas. O implante de silicone nos seios, lipoaspiração, abdominoplastia, mastopexia (cirurgia para levantar os peitos) e mamoplastia redutora lideram a lista.

Os homens também estão engrossando essa fila nos consultórios. As maiores intervenções masculinas são rinoplastia (nariz), otoplastia (correção das orelhas de abano), redução das mamas (ginecomastia), implante capilar, lipoaspiração e cirurgia de pálpebra (blefaroplastia).

É crucial alertar que os procedimentos estéticos devem ser feitos por um cirurgião credenciado pela SBCP e em uma clínica qualificada. É preciso praticar uma cirurgia plástica como especialidade médica, respeitando os princípios éticos profissionais e priorizando, sempre, o ser humano, com sua segurança, saúde e satisfação. Estudar, pesquisar e, sempre que necessário, se qualificar em inovações e técnicas, aproveitando, constantemente, a experiência para melhor atender às particularidades individuais, focando em melhores resultados.

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